Ao som de “Voz no Ouvido” do Pedro Mariano tive o impulso para fazer o meu segundo post desse BBB. Sinceramente não sei porque neste BBB deixer de escrever. Afinal foi através das crônicas sobre BBB que criei o blog e passei até de certa forma a ter meu nome difundido nesse mundo virtual do BBB. Acho que o twitter tem parte de responsabilidade nesse meu abandono ao blog, acabo não conseguindo consciliar as duas coisas (escrever no blog e tuitar).
Por problemas técnicos com minha operadora de TV por assinatura, perdi cerca de um mês de PPV. Na verdade tinha praticamente desistido de assinar o PPV quando o pessoal da SKY me ligou agendando a visita para instalação do equipamento. Assito ao PPV do BBB desde o BBB3. Este seria o primeiro em muito anos que não acompanharia. Mas ei que a situação se resolveu e começei a acompanhar o PPV do BBB11.
No início, não me encantei muito por Maria não. Tinha visto algumas notícias suas na primeira semana dando conta de que ela tinha tinha ficado com um tal de Maurício. Quando vi a pinta do rapaz logo pensei: “Essa gostosa ficou logo com esse bizarro?” Enfim. Veio o PPV e passei a acompanhar. Minhas primeiras lembranças do PPV são das festas em que o Doc. Wesley corria atrás de Maria e ela correspondia parcialmente, sem entrega absoluta. Até que determinado dia Maurício renasceu das cinzas e adentrou a casa. O mundo desabou aos pés de Maria. Se ela já andava confusa, a situação se agravou ainda mais.
Daí começava o martírio de Maria. Nunca antes em nenhuma edição de um BBB um participante se humilhou tanto sem nenhum pudor em relação ao que estava sendo exposto de sua personalidade para o país inteiro. Chegando até mesmo a implorar perdão ajoelhada aos pés de Maurício.
No início até eu mesmo achava graça das investidas da Maria. Pois achava que Maurício estava fazendo jogo duro mas que iria acabar por cedendo a elas. Mas a situação foi chegando a um estágio cada vez mais vexatório para Maria e isso passou a me incomodar pois paralelamente eu começava e simpatizar por aquela guria perdida e totalmente entregue ao jogo. Até que determinado dia, poucas horas antes de uma festa, Maurício, na frente de algumas pessoas chega à Maria e impõe regras de convivência entre eles para aquela festa. Maria ouviu os absurdos calada, extremamente constrangida e envergonhada pela situação. No quarto nesse momento estavam (acho) Talula, Jaqueline, Janaína e etc. As palavras que Maurício falavam caiam como uma bomba nos ouvidos de Maria. Coisas como: “Não dance apenas comigo na festa. Dance com outras pessoas.”, “Não tente me beijar”, “Não venha atrás de mim quando eu for dormir” foram proferidas pelo cidadão.
A pancada que Maria tomou naquele dia, serviu para lhe acordar. Maria aí então começou a perceber o quanto vinha sendo humilhada em rede nacional. Naquela festa ela praticamente nem falou com Maurício. A partir deste dia nasceu uma nova Maria. Essa nova Maria buscava nas profundezas de seu âmago o restinho de auto-estima que ela sabia que ainda existia. E quando o achou, começou a virar o jogo. Ela cambaleou um pouco nessa caminhada, confesso. Teve alguns momentos que queríamos invadir aquela casa e dar uns tapas na Maria. Determinada festa, Maria e Maurício ficaram a sós ao lado de fora, Maurício ouvia músicas e dançava sozinho como se Maria não existisse, mas ela estava ali, a meio metro dele. Maria cercava-o, quando o DJ mandou uma balada do Lenny Kravitz. Maurício reclamou: “Que música é essa ??? É música pra dormir é???” Maria respondeu ao vento: “Música pra dançar juntinho...” Maurício ignorou solenemente a clemência de Maria e continuou seus passou solos na pista de dança. Até que Maria não resistiu mais e o atacou, pedindo um abraço e se desculpando por ter votado nele no paredão anterior. Chorava copiosamente, pedindo perdão. Enfim. Cena pra ser esquecida. A noite terminou com Maurício dando boa noite e abandonando Maria sozinha em um sofá da festa.
Mas o dia seguinte a essa festa veio e percebemos que havia sido apenas um deslize de Maria. Seu rumo já estava traçado. A ordem cronológica dos fatos é meio confusa para mim. Mas a festa da libertação veio, a festa Chille Beans. E veio exatamente quando tinha que vir, quando Maurício, Rodrigão, Paula e Jaqueline achavam que já estavam na final do BBB 11. Mais uma vez Maria após algumas doses de álcool tentava uma reaproximação com Maurício. Após questioná-lo o por quê de terem que, apesar de estarem separados como casal, ficarem praticamente sem trocar palavras na casa. E mais uma vez Maurício deixou-a falando ao vento em mais uma cena de humilhação para coleção de Maria. O fim desta festa nós já sabemos. Maria domindo com Wesley e Maurício dizendo que estava sentindo “desgosto” ao ver sua ex amada nos braços de outro.
Como falou meu amigo Manga (http://manga-teleblog.blogspot.com/ ) Maria conseguiu quebrar muitos paradigmas neste BBB. Conseguiu que as pessoas enxergasse mais do que uma possível garota de programa, conseguiu criar uma história dentro da casa que se mistura e se sobrepõe ao seu passado cheio de vídeos e ensaios sensuais espalhados pela net. As pessoas não vem a Meg, mas vêem a Maria que trabalhava e incorporava um personagem para fazer esse trabalho. Maria conseguiu despertar os melhores sentimentos possíveis em todos nós que com nossos preconceitos enraizados temos a tendência sempre a enxergar o personagem e não a pessoa. Nunca podemos esquecer, sempre há uma pessoa atrás de um personagem, e essa pessoa poder ser boa ou não. Por sorte nossa, descobrimos talvez a melhor pessoa que passou pela história do BBB até hoje: Meg Melillo, ou se preferir, Maria Melillo.
Ah... Em tempo: Estou ouvindo ainda “Voz no Ouvido” do Pedro Mariano porque não consigo esquecer da Maria cantando essa música no karaokê de ontem. Ela estava de corpo e alma nessa música. No final ela disse: “Te amo Pedro Mariano”. Pra quem quiser ouvir e lembrar: http://www.youtube.com/watch?v=AhLgbHi9lOc
