segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Precisamos falar sobre a Emilly (e porque ainda torcemos por ela)



Quando buscamos razões pelas quais assistimos a realities shows de confinamento, nos deparamos, basicamente, com entretenimento. Ao menos sempre foi o que busquei nesse tipo de programa. Esse entretenimento pode vir de formas alternativas a depender de quem o consome. Uns buscam identificação pessoal, outros buscam esteriótipos que pessoalmente nunca teriam contato. Sempre fui mais adepto à primeira opção. Tentava identificar nos primeiros momentos as personalidades com as quais mais me identificaria e outras, pelas quais, mais me interessaria, em circunstâncias normais da vida.

Dito isso, aparece-me uma guria de 20 anos de idade, completamente sedutora. 'Sedutora' na assepsia da palavra: "quem convence com arte e manha, persuade com astúcia, sob promessa de vantagens e exerce influência irresistível sobre". Como não se deixar seduzir? A perspectiva de "promessa de vantagens" é o X da questão. A quem ela consegue prometer entregar alguma vantagem e quais seriam essas vantagens? Claro que estamos falando e analisando relacionamento humano e trata-se dos sentimentos envolvidos nessa relação. De homem para mulher e vice-versa e de mulher para mulher também. A promessa de lealdade entra nessa equação, além de promessa de atenção irrestrita e exclusiva também. Com essa promessa de entrega, a sedução se impõe a quem estiver disposto a pagar o preço pelo 'produto' pelo qual espera. Eu estou disposto, quem mais estaria naquela casa? Todos envolvidos no círculo ao redor de Emilly, aparentemente estão. Na real, a maioria já pagou e só espera pelo produto, que seriam lealdade, fidelidade e atenção irrestrita e exclusiva. Mas como entregar lealdade e fidelidade a todos? Como dar atenção irrestrita e exclusiva a todos? Nesse momento o sedutor começa a se desmontar. No momento em que quem pagou o preço começa a cobrar pelo produto. A entrega não virá, ao menos não para todos. Aí nos perguntamos: A entrega virá para quem?

Paredão de amanhã pode ser o renascimento de Emilly no jogo. Depende exclusivamente da leitura que ela fará da eliminação do Luiz Felipe perante duas pessoas que sempre foram julgadas como fracas pela distorcida leitura do público que eles fazem. Caso a gaúcha consiga fazer a leitura correta ela pode dar os calotes necessários para manter sua sobrevida naquela casa. A Roberta, por exemplo, deveria ser a primeira a não receber nenhum produto. O atual líder Daniel também deve ser caloteado. O único nesse momento que precisa ser plenamente atendido nos seus anseios é o Marcos. Esse até agora foi o que pagou o preço mais alto quando ela lhe ofereceu seus produtos através do processo de sedução. Esse precisa ser plenamente atendido em suas expectativas, e ficar, utilizando-se de uma expressão de pesquisa de satisfação em serviços de concessionárias de veículos, 'plenamente satisfeito'.

Se isso ocorrer, estamos diante da perspectiva da maior virada da história de um BBB no Brasil. Uma pessoa que no momento extrai o que há de pior nos espectadores aqui fora, está prestes a fazer uma trajetória de evolução como ser-humano que poderemos acompanhar ao longo desses dois meses. Isso não tem preço nenhum. Para nenhum dos envolvidos. Para quem será seu tutor nesse período, para nós que poderemos acompanhar em tempo real esse processo, mas principalmente para o objeto da evolução como ser-humano, que sairá daquela casa reinventada e pronta para uma nova vida.

Essa é a explicação do motivo pelo qual ainda torço por Emilly. Mais do que apreciar suas virtudes estéticas na minha tela de 47", estou ansioso para acompanhar sua trajetória de evolução nos próximos 60 dias. Esse é o produto que espero, e é por isso que paguei um alto preço até aqui que é simplesmente ainda ser um torcedor de Emilly. Talvez não da Emilly que existe hoje mas da Emilly que pode vir a existir.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

BBB17 - Novo apresentador, antigos rumos



Por longos 8 anos assistimos inertes (porque o poder até então da webBBB não existia) as chamadas 'tias do sofá' decidirem um sem número de paredões, incluindo finais catastróficas com campeões inusitados ('inusitados' para sermos politicamente corretos). Lembro que o paredão divisor de águas foi o 1º do BBB9, quando uma explícita combinação de votos entre Max e Francine (com a cumplicidade de Priscila) os salvou de uma eliminação. Desde então houve um amadurecimento do público que passou a privilegiar mais os chamados 'jogadores' e não apenas quem ia para a casa passar férias tomando banho de piscina. Salvo alguma exceções, tivemos confrontos nos últimos anos sempre tendendo a eliminar as chamadas 'plantas', que outrora se tornavam até mesmo campeãs. Alguém há de vir questionar: "E o Cesar Lima?" O Cesar foi um ponto fora da curva. Considero o elenco do BBB15 um dos piores, quiçá o pior, da história do BBB. Os poucos que se salvavam em algum momento se perderam de forma bisonha por conta de romances, vide o caso da Talita Araújo.

O ápice desse amadurecimento aconteceu na edição passada com a manutenção da Ana Paula Renaut logo na 2ª semana após um paredão extremante polêmico onde ela acabara de protagonizar um homérico barraco com o Laércio. Optaram por uma pessoa que assumidamente não contribuía para o regime de harmonia a qualquer custo da casa. O que me impressionou naquele momento foi que a edição dos dias anteriores ao paredão não poupou nenhum momento de exagero da mineira, e ainda assim o público optou por ela.

Aí então, eis que me deparo com a apresentação das chamadas dos participantes do BBB17 ao vivo em programa da globo.com mediado por Rafael Cortez (aquele mesmo que passou anos esculhambando o formato). Deparamos-nos com uma seleção com a tal 'diversidade' tão aclamada. Faltou um negro (mas tínhamos duas mulheres), um anão, um índio, um trans e mais um ou outro representante das 98347589347 'minorias desfavorecidas' que temos em nosso país. Com a apresentação da Roberta e da Elis os convidados e os webespectadores foram à loucura. Declarações de amor após 30 segundos de self apresentação. Todos amavam Roberta e Elis. O mais odiado naquele momento após proferir meia dúzia de frases foi o Doctor Marcos, com a Vivian e o Rômulo correndo por fora. E foi aí o BBB17 deu seu tom.

Quando excesso de peso e maior concentração de melanina na pele tornam-se indícios de bom caratismo e critério de torcida, há alguma coisa de errada no ar. O mundo anda meio de cabeça pra baixo, a tal da 'dívida histórica' que a humanidade supostamente tem com negros, homossexuais e transsexuais agora é engrossada com complacência gratuita aos gordos (nem essa palavra pode ser usada mais). "Os gordos são vítimas de gordofobia diariamente", desta forma, precisam ser protegidos pela sociedade justa desse país. Aquela casta da sociedade de coração bom que sempre defende os mais fracos da parte que os oprime.

Como será que anda a popularidade das 'queridinhas da chamada de apresentação' nesse momento? Teriam a Roberta e a Elis corroborado com as expectativas altíssimas que foram criadas após essas suas chamadas?

Lá se vai uma semana de programa. Estamos diante de um paredão que não queria de jeito nenhum. O Doc. Marcos parece ser uma das únicas pessoas naquela casa que não vai afundar definitivamente o formato do BBB na TV aberta brasileira. Lamento muito pela Flor pois acredito que ela desabrocharia com o tempo, com a autoafirmação gradativa. Infelizmente o BBB não dá tempo pra isso. Mas temos uma meia dúzia de participantes que já se mostraram e o que apresentaram não foi nada bom, um desses poderia ir na frente dela ou do Doc.

Enfim. O paredão de hoje vai definir o rumo do programa. A edição de ontem me assustou porque não foi imparcial como a da pós-briga da Ana Paula. A jornalista mineira nunca foi protegida pela edição mas nunca foi vilanizada. Já ontem, tivemos frases do Marcos exibidas fora de contexto e flashbacks para denegri-lo mas não para elucidar os seus supostos exageros.

Vamos em frente, mas depois de uma eliminação do Marcos hoje não vejo perspectiva de sucesso para esta edição.

sábado, 5 de março de 2016

Com Ana foi assim


Já ensaiei o início desse texto pelo menos umas dez vezes nos últimos dias. Mas nunca consegui passar do primeiro parágrafo. Só hoje, cerca de três horas depois da saída da Ana que acho que conseguirei chegar ao seu fim.

Porque com Ana foi assim. Entrou em nossas vidas efetivamente no dia 19 de janeiro e nesses 46 dias fez com que tentássemos nos doar pra ela na mesma proporção com que ela se doava pra gente. Com certeza ninguém conseguiu isso. A entrega dela a esse jogo foi de uma magnitude nunca antes vista em nenhum reality show brasileiro, quiçá mundial.

Com Ana foi assim. Na primeira festa ela fez um barraco homérico, daqueles pra ficar nos anais do BBB. E ainda assim, sendo desmedida em suas observações, conseguiu ali, criar um debate em torno de suas acusações que começou a angariar seguidores tão fiéis a ela quanto ela era fiel às suas próprias convicções. Quem defendeu tão veementemente Ana no famoso episódio do 'pedófilo', criou um vínculo com essa mineira que dificilmente iria se desfazer ao longo do programa. E assim foi até hoje, até ontem mais precisamente, quando ela distribuiu e retribuiu provocações.

Com Ana foi assim. Sempre se colocando à disposição para salvar os seus. Sempre se colocando na linha de frente para afrontar seus 'inimigos imagináveis e fictícios', para que, dessa forma, conseguisse atrair para si todo e qualquer mal que pudesse ter direção original a um dos seus. Sabemos que ontem foi assim. Não sabíamos o desfecho mas sabíamos a real intenção das provocações, que era apenas, mais uma vez, uma forma de atrair para si o embate que ela mesmo nomeou de 'paredão do século'.

Com Ana foi assim. Nunca antes em nenhuma edição um participante se expôs tão abertamente com relação a conjectura de jogo propriamente dito, e não só da balela de votos, mas do jogo que utiliza o ser humano como ferramenta para expor seu pior lado. Como ela falava, aquilo lá é um jogo onde as pessoas são estimuladas a colocar para fora seu pior lado, o mais egoísta. O olhar para o próprio umbigo. E enquanto ela falava isso suas ações eram pautadas única e exclusivamente para manter os seus no jogo, e nem digo os seus ao seu lado, porque suas atitudes nunca previam salvar a própria pele, mas apenas a dos seus amigos.

Com Ana foi assim. Atitude única e incomparável. Desmedida e repreensível. Carisma e eloquência infinitos. Quando essa mulher sorria ao lado dos seus, conseguíamos enxergar um pouco de sua alma. Seu exacerbado altruísmo nos contagiava um pouco. Por alguns dias acho que Ana conseguiu me fazer ser uma pessoa melhor, que olhava pros meus com o mesmo amor e dedicação com que ela olhava pros dela. Aqui nesse parágrafo, foi difícil não parar de chorar porque a imagem do sorriso dela não sai da minha cabeça.

Com Ana foi assim. Tinha que ser assim. Tudo que envolveu ela foi estratosférico. Sua possível desistência parou as redes sociais durante horas. Os quase trinta minutos em que ela ficou no confessionário decidindo se ficaria ou não ficam pra história do BBB como a meia hora que precedeu o 'diga que fico' da Ana Paula. Quando aquela porta se abriu e ela chamou os seus para seu lado comunicando a decisão, a reação aqui fora se comparava a de uma vitória de um finalista.

Com Ana foi assim. Não poderia ser diferente. O episódio de sua desclassificação completamente envolto de interpretações subjetivas será discutido ainda por muito tempo, Mas sempre o nome dela será citado. A pessoa ANA PAULA foi e é maior do que qualquer fato e/ou acontecimento que tenha envolvido seu nome naquela casa. O CPF ANA PAULA é o que fica marcado para o resto de nossas vidas e pros anais dos realities shows no Brasil.

Dito isso e depois de pausas para recomposição desse que vos escreve. Só tenho a agradecer a ela (OLHA ELAAAAA), ANA PAULA RENAULT por nos proporcionar 46 dias de PURO ENTRETENIMENTO. Ela estava lá com essa única proposta e nunca antes alguém conseguiu ter tanto sucesso da forma que ela obteve. Agradeço a intensidade da torcida que tentou, ao menos tentou, se doar na mesma proporção com que ela se doava para nós que estávamos aqui fora. Cada um de vocês fez simplesmente a maior edição de todos os tempos do BBB.

À família RENAULT, fica o recado para vocês terem muito orgulho dessa mulher que tem um coração que não cabe dentro de si mesma. Os entreveros fazem parte dessa caminhada. Mas o que é dela está guardado.

Obrigado ANA PAULA RENAULT, sabíamos desde o início que com você teria que ser assim.

domingo, 26 de abril de 2015

O ônus da "carismática" inconsequência


Pensei em um tweet, depois em um longtweet, mas aí cheguei à conclusão que em nenhum dos dois caberia o que está precisando ser escrito há tempos sobre a tal da amanda djehdian (todo em minúsculo mesmo, porque assim que consigo escrever). O post do Fernando Medeiros hoje pela manhã no seu Instagram (quem não viu segue aí acima um print e o original aqui) desencadeou em mim um sentimento de compaixão pela amanda. Mas foi só por um momento, logo depois fiz uma breve recapitulação da cronologia dos fatos que se deram na casa e cheguei à conclusão que esse desfecho é o ônus que as pessoas que são inconsequentes, sentimentalmente falando, estão sujeitas a carregar em determinado momento.

As partidárias da amanda hão de a defenderem até a morte, dizendo que a forma como ela se entregou a seu sentimento foi nobre e que isso deve ser muito valorizado. A Clara Aguilar contribuiu muito para a leitura deturpada de uma realidade totalmente diferente, onde o que se viu foi uma pessoa que havia sido completamente preterida à outra buscando um relacionamento onde estava claro que não havia nenhuma reciprocidade. A amanda conseguiu demonstrar em pouco menos de três meses exatamente como não devemos agir em um relacionamento. A forma com que se ofereceu ao Fernando nas duas oportunidades (logo na entrada da casa e após a saída da Aline) foi no mínimo, vergonhosa. Estava claro que o ônus viria, não imaginei que seria tão rápido.

Sou apaixonado pela Clara Aguilar, em função disso sofri de uns conflitos, pois, apesar dos erros da Clara ao longo de sua participação no BBB passado, conseguia perdoá-la por conta de seu carisma inconfundível. Já a amanda, além de não ter um décimo do carisma da Clara, ainda, nos momentos de "entrega" parecia estar sempre forçando um pouco a situação, justamente para cativar o público de sua suposta amiga que tinha milhares de fãs enlouquecidas. Uma pena uma enorme parte do público da Clara (reforçada por ela mesmo) ter comprado a "entrega" dessa personagem como verdadeira. Eu nunca comprei. Já no fim desta edição do BBB fiquei um pouco mais tranquilo em relação aos meus conflitos por gostar tanto da Clara e ter tanta antipatia pela amanda. A própria Clara em um post no instagram reconheceu que mal conhecia a amanda e que havia visto-a poucas vezes e que tinha ido "com a cara da bichinha". Enfim, ficou claro pra mim que a Clara não conhecia a amanda, pois tenho certeza que se a conhecesse profundamente não teria tanta identificação a ponto de influenciar tanto sua torcida na campanha pró amanda.

Mas voltando ao assunto do tópico, as defensoras da amanda ainda irão utilizar o único argumento que lhes resta, o de que a Aline foi corna em rede nacional. Mas convenhamos, está cada vez mais feia a situação para a panda. Rejeitada em primeira instância, uma relação fruto de um ostensivo oferecimento em um segundo momento e agora, de volta ao mundo real, onde as escolhas são mais claras, novamente rejeitada, e da pior forma possível. O post do Fernando me dá uma ideia meio que de quem está cuspindo no prato em que comeu. Dizer que quando estava ao lado da Aline e do Marcos se "sentia na luz, em paz e no caminho certo" é a mesma coisa que dizer que quando estava ao lado de amanda sentia-se no caminho das trevas. Forte, pesado.

Enfim, no fim das contas, a reconciliação entre Fernando e Aline já houve, ele já fez sua escolha. E o pior é que ele fez essa escolha mesmo sem saber se a Aline, algum dia, lhe aceitaria de volta. Ou seja, preferiu a amizade com a mineira (mesmo sem a certeza de um relacionamento) a uma cômoda e fácil continuidade de relação com a amanda aqui fora. Mais humilhante, impossível. Esse foi o ônus da "carismática" inconsequência da amanda.

terça-feira, 25 de março de 2014

PIOR SEQUENCIA DE CAMPEÕES DO BBB, 12, 13 E 14.

Como poucas CLANESSAs me seguem, minhas palavras têm pouco peso. A decisão errada foi lá trás, das próprias CLANESSAs. Infelizmente sou obrigado a dizer que avisei, aliás, avisamos. Pena que vocês não enxergaram naquele paredão o monstro que o Marcelo poderia se tornar, e se tornou. A rejeição da Clara traduzida nas primeiras enquetes me impressiona. O Brasil é hipócrita. Minha mãe o traduz. Tem pavor da Clara apenas por ela se relacionar com outra mulher, sendo casada com um filho a situação se agrava drasticamente e ainda "fazendo fofoca" é a própria demônia em pessoa. Minha mãe ainda compartilha da opinião de muitos de que a sua relação com a Vanessa é totalmente forçada e estratégia de marketing. 

Infelizmente se as CLANESSAs não conseguem manter a Clara num paredão com o Slim, esqueçam Vanessa campeã. A rejeição de Clara vai acabar escorrendo pro lado da Vanessa. Criaram um monstro chamado Marcelo, um fenômeno meio Bambam, Dhomini e Jean, todo cagado e misturado. Esses três utilizaram-se de vitimização para serem campeões. Marcelo idem. Infelizmente Bones comprou o rapaz que tem sérios distúrbios de personalidade.

A saída da Clara na quinta é melhor para a Vanessa que pode ir para a final com 100% dos votos das CLANESSAs, mas em contrapartida, mostraria que o twitter é o cocô da formiguinha na votação geral e daria indícios de que a torcida CLANESSA não é tão forte quanto parece. Se não tirar o Slim como vencerá o Marcelo em uma possível final? Mesmo que a Vanessa esteja sozinha sem a Clara recebendo todos os votos das CLANESSAs. Sinceramente, me resta assistir e gravar a festa de amanhã, provavelmente meu último dia de PPV deste BBB. As festas de Clara e Vanessa ficarão guardadas por muito tempo nas minhas lembranças.

terça-feira, 4 de março de 2014

PERMITAM-SE DESCOBRINDO SUAS VERDADEIRAS LIBERDADES



A menos de trinta dias para a final do BBB14 uma coisa me aflige. Não me lembro de ter tido esse sentimento nos últimos anos, talvez pela última vez no BBB6. A possibilidade da ausência de Clara ou de Vanessa no meu PPV me causa certa angústia. Essa situação me remete ao BBB6 porque o que me fazia assistir àquela edição eram Roberta e Saullo. Com a saída dele ainda resisti a uma semana de PPV mas após a saída dela abandonei a 6ª edição. Longe desse BBB não ter Clara ou Vanessa na final, acho isso praticamente impossível, pois mesmo que coloquem as duas em um duplo, a que sobreviver ao paredão, dificilmente não chegará à final.

Essas duas carregam esta edição nas costas. O primeiro beijo da casa e o banho nu de Clara deram o tom do BBB14. Um tom libertino sim, de gente que parece que tá cagando pro um milhão e meio de reais e que na verdade quer aproveitar cada minuto que esteja naquela casa. E isso não deixa de ser talvez uma das melhores forma de ir buscar esse milhão e meio. Ledo engano de quem pensa que não. Já fizemos alguns campeões assim. Esses campeões normalmente são mais divertidos, conseguem me entreter mais do que o candidato que passa três meses trancado em seus sentimentos e medindo cada uma de suas atitudes.

'Tempos Modernos' nos diz mais ou menos isso. Deveria ser o hino de qualquer reality show de confinamento e convivência, e não da 14ª edição do BBB apenas. Clara e Vanessa parecem as próprias autoras e proclamam em atitude cada trecho desta canção. Se não têm deveriam tatuar em seus corpos 'vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir', pois é esse o sentimento que elas exalam a cada minuto que estão naquela casa.

A contra-partida vem na mesma proporção da entrega de Clara e Vanessa. O número impressionante de jovens e não tão jovens que se identificam com Clanessa aumenta a cada dia. Milhares de perfis de FCs explodem no Twitter. Gente que vive da mesma forma ou que ao menos tenta viver, mesmo que as vezes estejam rodeadas de hipocrisia e ainda dependentes de uma falsa tolerância para sobreviverem. Gente que almeja 'um novo começo de era' mas que aguarda pacientemente este momento que para muitos ainda não chegou.

Enquanto isso, a edição do programa tem tratado razoavelmente bem essa 'liberdade'. Não enaltece é verdade, mas também não condena. Sem construção de estorinha e personagens com direito a trilha sonora Clara e Vanessa vão construindo a sua verdadeira história, e nós que somos os verdadeiros espectadores conseguimos acompanhar e nos emocionar. Quando digo 'nós' e 'verdadeiros espectadores' é porque são nessas gurias que criam milhares FCs que estas duas 'libertinas' irão se apoiar quado saírem daquela casa. O público do sofá ajuda, precisamos dele para vencer certos paredões, mas aqui fora ele esquece em pouquíssimo tempo em quem votaram a favor. O verdadeiro acalento virá dessas gurias que passam a madrugada acompanhando o PPV, que juram de 'morte' os desafetos e quem ousa interferir no amor de Clanessa.

Aproveito o ensejo para dizer que incondicionalmente não abandonem Clara e Vanessa naquela casa. Supostos erros podem ainda acontecer. Slim e Cássio cercam Vanessa incessantemente. A depender de quanto sólida a relação das duas estiver nesses momentos de chegada do Slim algo pode acontecer. Vanessa é frágil por dentro daquela casca, clama por uma relação onde o after BBB não fosse tão agoniante. Slim é sorrateiro e vai vendo a oportunidade de chegar nos pontos fracos de Vanessa. Cássio corre por fora, não tem chances com Vanessa mas também pode contribuir para atitudes dela que podem ser mal interpretadas.

É isso. Só posts sobre Clara e Vanessa porque é só elas que consigo enxergar nesse BBB.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

OBRIGADO, CLARA E VANESSA



Não está fácil muito comentar sobre este BBB. Pouca coisa acontece, quase nada. Não existe lado tampouco confronto. Restam as festas, que para mim sempre foram termômetro e combustível para as edições. A partir delas que eu avaliava quem de fato estava ali para preencher a cota ou fazer valer os dias de exposição.

Nos primórdios do BBB, em 2004, tivemos uma participante chamada Juliana Lopes, os fortes lembrarão e entenderão. Juliana tinha o perfil completamente diferente de Clara, patricinha assumida do Distrito Federal, havia passado uns tempos morando nos EUA (a única coincidência em relação à Clara). Esse período fora fortaleceu seu conhecimento musical e principalmente a pronúncia perfeita do inglês. Juliana se entregou como poucos participantes na história do BBB. Na primeira semana arranjou uma briga homérica com a boxeadora Tatiana e foi direto ao paredão com os votos da casa contra a própria. Voltou e teve uma trajetória até semi-final do programa recheada de fortes emoções, principalmente envolvendo seu ficante da vez, o lutador Marcelo Dourado.

Nas festas é que Clara mais me lembra a Juliana. O gosto pelas músicas, a cantoria perfeita em inglês e a capacidade de curtir as quartas e sábados até o início do dia seguinte fazem eu me apaixonar cada vez mais por essa paulistana de 25 anos. Ao que percebo não estou sozinho. Os perfis no twitter em prol de Clara e Vanessa se proliferam em uma velocidade poucas vezes vista em um reality show. As duas conseguiram arregimentar uma torcida de uma dedicação ímpar. Os dois paredões de Vanessa onde ela perdia de lavada nas enquetes e acabou ficando são prova disso. Clarinha vai seguindo em frente e construindo uma história cheia de marcos para a TV brasileira. O banho nua em pelo e a história de amor com Vanessa são inéditos nos 14 anos de BBB.

De quebra Clarinha ainda tem tatuada na panturrilha da perna a capa de 'Use Your Illusion II', simplesmente o álbum mais marcante de toda a minha vida. Ouçam 'Estranged', 'So Fine' e 'Don't Cry' e entenderão. Suas performances a cada execução de 'Sweet Child O' Mine' são de fazer chorar. A guria canta com o fundo da alma, na mesma proporção de sua entrega dentro daquela casa. São esses participantes que me fazem virar as madrugadas de olhos abertos e me abster de uma vida social normal por quase três meses há 12 anos quando assinei meu primeiro PPV.

Por enquanto só tenho a agradecer a Clara e Vanessa que têm me proporcionado os únicos momentos emocionantes desta edição. Tenho esperança que Clara chegue a essa final e que rompa definitivamente com todo e qualquer preconceito às pessoas que vivem intensamente suas vidas, sem se preocupar com opiniões alheias e buscando apenas serem felizes.

domingo, 19 de janeiro de 2014

PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UM BBB QUE VEIO PRA FICAR


Finalmente ontem consegui para algumas horas para assistir ao PPV. Não começo uma edição tão alheio ao que se passa há muitos anos. Ainda nem decorei o nome da rapaziada. Mas a partir de ontem alguns colocaram seus nomes não só na minha mente mas na história do BBB. Dirão uns que daqui a 4 meses ninguém vai lembra dos beijaços entre Clara e Vanessa e que o banho nu a pelo também será esquecido e que ainda denigrirá a imagem da participante. Nós que somos espectadores assíduos sabemos que o que aconteceu ontem fica para a história dos realities shows brasileiros.

Clara e Vanessa ontem conseguiram fazer o que milhares de gurias têm vontade de fazer mas medo de dizer. Isso não tem preço. Assumir essa responsabilidade trás o ônus de ser julgada pela sociedade hipócrita brasileira. Mas em contrapartida Clara e Vanessa conseguiram atingir a um público fiel que nunca mais as deixarão. Clara ainda encerrou a noite de forma mais apoteótica ainda. O banho nu e a forma espontânea com que ele se deu me fez ficar ainda mais apaixonado por essa guria de 25 anos.

Clara, Letícia e Amanda despontam como as possíveis protagonistas desta edição. Nos resta rezar para que deixem que elas consigam construir suas próprias histórias dentro do reality show e que não as construam por elas. Os criativos editores do BBB normalmente o fazem. Espero que a virada histórica que a Andressa Ganacin conseguiu perante a desconstrução gratuita de sua imagem tenha servido de lição à produção do programa. Estorinhas e esquetes são bem vindas à edição, sabemos que elas virão mas precisam ter ao menos inspiração na verdade que acontece naquela casa.

Como falou o parceiro Rafa no seu perfil no twitter, o meu muito obrigado a Diego, Fran, Letícia, Cássio e Amanda que enceraram a festa, aliás, foram expulso dela lá pelas 8 da manhã. Vocês já fizeram valer o valor pago pelo PPV neste ano.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

YES, NÓS GOSTAMOS DE NOVELA


Essa é a primeira vez que acompanho um pouco da Fazenda. Nunca consegui acompanhar realities shows que não disponibilizam um 24 horas ao vivo que preste. E a Fazenda não é diferente. A opção por disponibilizar o 'ao vivo' no site ao invés de cobrar por isso dá uma confortável posição a quem o faz de fazer sempre um serviço porco e mal feito, como de fato é. A edição de imagem e som do 'ao vivo' é péssima, somos obrigados a acompanhar cenas insignificantes enquanto discussões homéricas podem estar acontecendo. Só a edição do programa a noite que dá o benefício de acompanharmos de fato o que acontece com razoável qualidade de imagem e som, e ainda assim, peca em não legendar determinados trechos inaudíveis.

Enfim, acompanhar esses dias da Fazenda serviu em muito para eu dar valor à equipe que faz o Big Brother Brasil. A qualidade da produção e edição não tem comparação. Mas vamos ao que de fato nos trouxe aqui:

Além da questão da indisponibilidade de PPV da Fazenda, outro fator que me afastava desse reality era diferença que eu percebia na torcida que votava nas eliminações. Os critérios para avaliação e permanência dos participantes normalmente eram muito diferentes dos que normalmente eu usava. Isso, obviamente, fazia com que os competidores que fossem eliminados muitas vezes tivessem qualidades que por mim seriam suficientes para que permanecessem, porém, ao invés disso, os 'rejeitados' do público da Fazenda eram justamente esses.

Mas vamos de Luciana Schievano. Não há Cristo que me faça votar a favor da permanência dessa cidadã. Não há entretenimento que me faça sacrificar mais ainda a vida dos confinados em troca de algumas frase de efeito e alguns barracos que essa moça possa proporcionar. O exercício da empatia por essas pessoas que estão lá me impede de votar a favor da permanência da Luciana. Mas acho engraçado como temos vários 'intelectuais' de reality show que julgam esse tipo de opção. Li  ontem a noite por exemplo o seguinte tweet da @alesie (renomada jornalista que escreve e fala de reality há anos): "cês não gostam de reality, cês gostam de novela." Ela estava questionando o fato da Luciana Schievano estar abaixo nas pesquisas para permanecer na casa, julgando que a opção melhor seria deixar a louca e desequilibrada no lugar da Aryane. Cada um faz o julgamento com os valores que aprendeu na vida. Não sou partidário de 'plantas' nos realities, nunca fui, mas a Schievano extrapolou todo e qualquer limite de convivência humana. Fazendo ou não um personagem (como a própria Ale Siedschlag cogitou no Domingo Espetacular da Rede Record).

Acho que a Aryane pode ainda desabrochar. A história do ex é muito mal contada. Muita coisa deve rolar ainda. Por enquanto, ela não fez nada que a fizesse perder o direito de estar ali. Pelo contrário. Já teve um estrago grande em sua imagem e o 'marido' traído é daquele tipo de corno vingativo, o que piorou ainda mais sua situação aqui fora. Acredito que ela mereça mais algumas semanas lá dentro para ao menos ter a oportunidade de reverter a rejeição gratuita que muitos têm por ela. Foi assim com a Bárbara Evans. A pequena entrou no confinamento com uma rejeição altíssima. Fruto de uma intolerância gratuita e de muita gente que transferiu a antipatia pela Monique diretamente para ela sem ao menos conhecer a sua voz. Em poucos dias o cenário se transformou e a Bárbara de odiada passou a ser uma das favoritas ao prêmio.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

UM POUCO DA HISTÓRIA ANTES DO BIG BROTHER BRASIL 13



Algo aconteceu nesses 13 dias que ficamos ausentes por aqui. Na verdade, o que aconteceu foi o resultado de tudo que foi construído ao longo de 12 anos de amadurecimento de todos nós. A não obrigatoriedade de cumprimento de uma jornada de trabalho diária de oito horas nos últimos quinze dias tem me feito avaliar bastante o impacto de cada uma de nossas intervenções no resultado final de um programa produzido por uma das maiores emissoras de TV do mundo e assistido por centenas de milhões de espectadores desde 2002.

Nos primórdios do reality show brasileiro, se fizermos força e buscarmos um pouco de conhecimento, conseguimos chegar até mesmo em 2001, quando a jornalista Rosana Hermann criou o primeiro blog sobre RS (sigla pra reality show que usaremos a partir de agora) aqui no Brasil para acompanhar a pioneira Casa dos Artistas do SBT. O blog se chamava tv.blig.ig.com.br (print no topo do post) e inacreditavelmente consigo lembrar disso até hoje. Graças ao absurdo de acervo do archive.org consegui achar isso aqui que  é um registro offline do próprio blog que vos falo. Entrem e deleitem-se com o que foi o PRIMEIRO blog sobre RS no Brasil. Confesso que descobri o archive.org agora e quase chorei aqui revendo o blog da Rosana depois de mais de dez anos.

E já que estamos em fase de nostalgia, aproveitei ontem os conselhos e ensinamentos de nossa best DJ Simone Francieli (co-fundadora da Rádio Nadessa e minha consultora para assuntos aleatórios de informática) e consegui extrair do Twitter um arquivo com, simplesmente, a totalidade das minhas mais de 30 mil postagens, organizadíssima por ano e mês de publicação. Sabem sobre o que  foi o meu primeiro tweet em 21 de julho de 2009? A Pitty ficaria orgulhosa.


Isso foi quando eu acabara de criar minha conta no Twitter, desde então sempre como @portrasdolimbo, pois em 22 de dezembro de 2008 criamos o blog Por Trás do Limbo e por que não aproveitar a ferramenta de uma nova mídia social pra divulgar o meu blog com o meu próprio user?

E assim foi, entre postagens no blog PTdoL e no chamado mini blog Twiter, que chegamos até aqui. Temos que reconhecer que este ano de 2013 foi diferente, pra não ser dramático e dizer mágico, quando na verdade o foi. Nunca antes eu havia feito parte de uma mobilização tão grande nas mídias sociais em prol de, mais do que pessoas, uma mesma opinião. E é essa a grande diferença que as grandes mídias sociais trouxeram aos RSs exibidos atualmente. Essa capacidade absurda de aglutinação instantânea de milhões de pessoas que se apaixonam por esse ou aquele participante ou que se revoltam com 'injustiças' que por ventura possam ter sido exercidas sobre os seus. Assim nasceu, na minha modesta opinião, a unidade mais forte vista até hoje em defesa de um conceito em um RS. Assim nasceram vocês, crescendo e aparecendo para o mundo. Assim algum filho de Deus abençoado acordou de bem com a vida e denominou essa unidade de Nadessa, esse grupo de pessoas que extrapola qualquer tipo de faixa etária ou limite geográfico e está espalhado não só pelo Brasil, mas por lugares que eu nem sei determinar. Todos despertados pelo instinto de proteger os seus.

Atualmente tenho muito prazer em pertencer a um grupo que conseguiu fazer mobilizações de milhares de pessoas, cada um à sua forma. Sou orgulhosamente obrigado a mencionar a Rádio Nadessa, idealizada por nossa (novamente) Simone Francieli que reuniu através dessa idéia cinco pessoas que foram fundamentais neste processo. Sabemos e temos consciência que todos que participaram de alguma forma tiveram sua importância fundamental e insubstituível. Mas tenho que citar essas três (além da Simone) que nos fortaleceram de tal forma que em nenhum momento nenhum de nós se deixou esmorecer, e as tentações para isto foram grande. A Thay do @SuporteGanacin, Rafa do @SuporttNasser e a @AnaLuu_  foram pessoas que ajudaram-se entre si e a todos nós, de forma que estão sendo recompensadas com esse presente, porque é um presente, chamado Rádio Nadessa.

Conversar com vocês tem sido de uma importância absurda para todos nós. Descobrir que não estivemos reunidos nesses três meses apenas por Nasser e por Andressa, mas sim, por uma coisa muito maior, que chama-se identificação de valores. Podemos divergir em algumas opinões sim, como é normal, mas a unidade está formada. Quem chegou até aqui conosco, sinta-se parte disso, independente do que passou e do que está por vir. Vocês fizeram história neste ano. Tenham certeza que daqui a alguns, alguém estará pesquisando na net sobre o ano de 2013, quando alguns loucos se uniram e transformaram através de mídias sociais o resultado final da versão do Big Brother mais vista no mundo até então.

Ah... Não poderia esquecer de mencionar uma pessoa que tem feito parte de minhas madrugadas pela web depois que saí do trabalho e tive oportunidade de ficar acordado sem tanto peso na consciência. A Júlia, do @NadessaApoio. Vocês a conhecem? Se não, conheçam-a, não vão se arrepender.

E foi assim que ela fez sua primeira abordagem a minha pessoa. Pegou-me pelo meu ponto mais fraco, que é o reconhecimento pelo que eu faço com mais amor.