Não sei ao certo em quantos anda o contrato da Globo com a Endemol, mas temos que reconhecer que o produto Big Brother está chegando no final de sua história aqui no Brasil. Muitos subterfúgios foram criados nos últimos anos para nos convencer de que a fórmula não estava gasta, e a cada edição que a audiência despencava, vinham as notícias que paralelamente a isso o faturamento do programa era cada vez maior.
O episódio deste fim de semana que culminou com a EXPULSÃO do participante Daniel Echaniz retrata a decadência do programa, pelo simples fato em si e pela forma como foi conduzido pela direção do programa. O suposto abuso sexual cometido pelo Daniel é resultado de um nível nunca antes visto em um reality show nacional de apologia ao uso do alcool e à libertinagem.
Nao sei ao certo a fórmula para que o programa durasse eternamente sem o desgaste normal que qualquer atração televisiva sofre pelo tempo, porém, acredito que todas elas se esgotaram ao longo dos últimos anos. Tivemos idosos, gays, lésbicas e afins, pobres, ricos, playboys e patricinhas nos últimos anos. Mas podemos dizer que desde o Big Brother 7 (vencido pelo Diego Alemão) que a Globo não consegue emplacar um roteiro convincente. Salvo a edição 10, onde o embate de um transformista gay com um acusado de homofobia movimentou aquele ano.
O fato é que a Globo, a partir de agora, terá que rever alguns conceitos. Pouco importa (para mim pelo menos) se houve ou não o tal abuso e se a Monique estava dormindo ou não. O mais importante de tudo é que o acontecido naquela madrugada com certeza repercutirá ao longo de toda esta edição e quiçá no resto de história do Big Brother no Brasil.
As festas provavelmente serão mais regradas em relação a alcool e os participantes, com medo de infrigirem regras que nem são explicadas, com certeza terão um comportamente diferente. A própria Monique que prometia ser uma das participantes mais descoladas e carismáticas desta edição, estará em uma situação de berlinda, onde qualquer elogio não refutado poderá ser encarado como uma maneira de se insinuar, e a vítima poderá a qualquer momento se tornar vilã e o vilão da vez ser encarado como uma vítima da dissimulação da Monique.
O que sobra pra analisarmos além do episódio do suposto abuso sexual ? Praticamente nada. Participantes com pouco ou quase nenhum carisma. Os poucos que ainda gozam (perdoem-me pelo trocadilho infame) deste atributo, se relacionam com tipos do nível de Yuri e Jonas, que vêm sendo notícias aqui fora mais pelos vídeos de webcam onde expõem seus falos (inclusive fazendo medições com fitas métricas) do que por suas participações dentro da casa.
Acho que a Renata, Monique, João Carvalho, Fael, Mayara e Laisa têm uma vantagem em relação ao restante. Destes, alguns se mostraram muito pouco e podem ser que nos surpreendam ainda, e outros mostraram que sem os devidos encostos, podem dar ainda uma contribuição para esta edição.
Yuri e Jonas fariam grandes favores às suas respectivas se fossem eliminados. Os relacionamentos dos dois casais foram extremamente precipitados e só Laisa e Renata têm a perder.
Kelly é mais um exemplo de como uma má companhia pode lhe prejudicar. O trio que se alimenta de inveja alheia que ela vem formando com as insuportáveis e intragáveis Jakeline e Fabiana está acabando com suas chances de criar uma própria história, que poderia culminar até mesmo em uma final.
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